sexta-feira, 22 de julho de 2011

Após anúncio de pacote para Grécia, bolsas europeias operam em alta

Na abertura do pregão desta sexta, índices tinham valorização perto de 1%.
Na véspera, zona do euro aprovou novo programa de resgate para a Grécia.


A conclusão do segundo pacote de ajuda à Grécia empolga as bolsas de valores na abertura desta sexta-feira (22), repetindo o mesmo comportamento da véspera. Índices do Reino Unido, da França e da Alemanha tinham valorização perto de 1%, enquanto o Japão fechou em alta de 1,2%.
Na véspera, em Londres, o FTSE 100 subiu 0,79%, para 5.899,89 pontos. O CAC 40, de Paris, aumentou 1,66%, aos 3.816,75 pontos. Em Frankfurt, o DAX teve valorização de 0,95%, somando 7.290,14 pontos. Em Madri, o Ibex 35 teve alta de 2,93%, para 10.017,60 pontos. Em Milão, o FTSE MIB avançou 3,76%, aos 19.490,76 pontos.
Os líderes da zona do euro concluíram nesta quinta-feira (21) sua cúpula extraordinária com a aprovação de um acordo sobre um novo programa de resgate para a Grécia, evitando assim um "calote" na dívida do país. "A declaração dos chefes de Estado e Governo foi aprovada", anunciou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy.

O segundo pacote de ajuda, de acordo com o documento divulgado ao final das negociações, será de cerca de 109 bilhões de euros, em recursos da União Europeia, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do setor privado. A contribuição do setor privado foi estimada em 37 bilhões de euros. Um programa de recompra de dívidas deve somar outros 12,6 bilhões de euros vindos do setor privado, chegando a cerca de 50 bilhões de euros.
"No que concerne nossa visão sobre o envolvimento do setor privado na zona do euro, queremos deixar claro que a Grécia requer uma solução única e excepcional", afirma o documento.

A Comissão Europeia também afirmou que, se necessário, provienciará "recursos adequados" para recapitalizar os bancos gregos.
Juros menores
Os líderes da zona do euro acordaram também uma redução das taxas de juros e prazos de vencimento mais longos, com a participação privada, para melhorar a sustentabilidade da dívida grega.
Os chefes de Estado e do Governo da zona do euro ampliarão ao máximo possível os prazos de devolução dos empréstimos procedentes do fundo de resgate, a Facilidade Europeia de Estabilidade Financeira (FEEF), desde os atuais sete anos e meio a 15 anos (com possibilidade de até 30 anos e um período de carência de dez anos).
Além disso, as taxas de juros dos créditos deste instrumento serão reduzidas até aproximadamente 3,5%, enquanto o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, assegurou que estas medidas 'asseguram a sustentabilidade da dívida grega' a longo prazo.
Controle de gastos
No documento, os líderes europeus reconhecem as medidas recentes tomadas pelo governo grego para estabilizar as finanças públicas, bem como o pacote de medidas adotado pelo Parlamento grego.
“Esses são esforços inéditos, mas necessários, para trazer a economia grega de volta a uma trajetória de crescimento. Estamos conscientes dos esforços que as medidas do pacote impõem aos cidadãos gregos, e convencidos que esses sacrifícios são indipensáveis para a recuperação da economia”.
Reunião emergencial
Os líderes se reuniram em Bruxelas após o Banco Central Europeu sinalizar uma mudança política ao avaliar a possibilidade de deixar a Grécia entrar em default temporariamente, havendo depois uma resposta por meio de recompra de títulos, swap da dívida e nenhum imposto a bancos.
Na quarta-feira, após uma reunião de mais de sete horas, os líderes das duas maiores economias da zona do euro - o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e a premiê alemã, Angela Merkel - chegaram a uma proposta comum para a reunião desta quinta-feira.



Nove empresas se cadastraram para produzir tablets no país, diz ministro

Paulo Bernardo disse que incentivos e concorrência farão preço cair 36%.
Venda de tablets 'vai bombar' no fim do ano, afirmou em programa de rádio.

 
O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou, nesta quinta-feira (21), que nove empresas já estão cadastradas para produzir tablets no Brasil. O ministro disse ainda que a produção deve começar no próximo mês.
"A presidente Dilma tem nos cobrado que todos estes programas precisam ter a preocupação com a produção de conteúdo nacional e este é o objetivo. A última informação que tive do ministério de Ciência e Tecnologia é de que já temos nove empresas cadastradas e que elas devem começar a produzir já em agosto", disse o ministro durante o programa “Bom Dia Ministro”, transmitido pela TV estatal NBR.
O ministro afirmou que as medidas do governo para reduzir os impostos sobre os tablets produzidos em território nacional e a forte concorrência do mercado podem resultar em uma redução de até 36% no preço dos produtos. "Com o perdão da palavra, no fim do ano eu acho que vai bombar a venda de tablets", afirmou Bernardo.

Em maio, o ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, havia afirmado ao G1 que 12 empresas haviam manifestado interesse em produzir tablets no Brasil. Além da Foxconn, responsável pela montagem do iPad, da Apple, as outras 11 empresas eram, conforme o ministro, Positivo, Envision, Motorola, Samsung, LG, Itautec, Sanmina, Compalead, Semp Toshiba, AIOX e MXT.
Há dois meses, o governo publicou no "Diário Oficial da União" a medida provisória número 534, que incluiu os tablets na chamada "Lei do Bem". A regulamentação era um dos passos aguardados dentro do acordo entre o governo federal e a iniciativa privada para produção dos equipamentos no Brasil.
Banda largaDe acordo com Paulo Bernardo, durante o "Bom Dia Ministro", o fim do ano também trará avanços ao Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). Segundo o ministro, a conexão de 1 Mbp de velocidade por R$ 35 já estará disponível em até 60 dias. Além disso, ele ressaltou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vota até o fim de outubro os projetos que definem os parâmetros mínimos de qualidade para as empresas que fornecem acesso à internet móvel e fixa.
"Os projetos já estão em tramitação. Se as empresas não cumprirem o que prometem, a Anatel pode aplicar algumas punições ou até determinar que elas parem de vender. Temos a vantagem de que hoje já existem programas no computador que acusam a velocidade da internet que você recebe, o que facilita na hora de comparar com a velocidade que o consumidor contratou", disse.
Paulo Bernardo também adiantou que a Anatel se reúne nesta quinta para estabelecer regras de concorrência entre as empresas do setor. "É comum que uma empresa seja forte em uma região e a outra seja forte na outra. Essas regras que serão votadas vão acirrar a concorrência entre as empresas, o que vai resultar em barateamento dos preços", explicou o ministro.


Professora cultiva 'dívida eterna' no cartão de crédito

Pagando valor mínimo de faturas, ela vive 'pendurada' nas contas.
G1 faz série de reportagens com dicas para se livrar de dívidas.

Rosanne D'Agostino e Ligia Guimarães
Todo mês, R$ 1.500 saem das contas da professora Denise Pereira, de 50 anos, para pagar o valor mínimo das faturas de sete cartões de crédito, que hoje ela afirma cultivar como uma “dívida eterna”. “Não sei para quê que me deram tanto crédito. Eu não pedia, eles que me davam!”


Casada e morando com três filhos, de 23, 25 e 25 anos, Denise conta com o salário de professora de escola pública, de R$ 2.200, mais R$ 1.100 de aposentadoria, para tentar dar fim a uma dívida de mais de R$ 9.000 com as faturas em aberto. Sem conseguir pagar mais do que o valor mínimo, ela contabiliza juros, que aumentam a mesma dívida todos os meses.
“Faço bordado, tricô, vendo cosméticos. Mas desde que contraí essa dívida, há mais de ano, perdi a empregada, não viajo mais”, conta. “Não renegociei. Nem sei direito quanto ainda estou devendo.”
A ajuda vem do marido, que não sabia do problema até ficar desempregado e hoje tem um negócio próprio. “Foi muito difícil contar, ele fazia até ideia, porque via as compras, mas não achava que fosse tanto”.
O casal ainda paga R$ 700 de aluguel, R$ 1.700 das parcelas de dois automóveis todo mês, faz supermercado para cinco pessoas e arca com empréstimos consignados a que ela recorreu para tentar reverter a dívida dos cartões.
O valor devido já chegou a quase R$ 12 mil em doze faturas. “Fora os cartões de lojas de departamento. Hoje sobraram sete. O povo vai com a minha cara, e agora estou suando para não deixar o nome sujar.”
A professora conta que gastava quase sempre com roupas e sapatos. “Eu tinha crédito. Eu comprava coisas, presentes para os netos, filha, filho. Ofereciam cartão, eu aceitava. E comecei gastar desenfreadamente, tive crise de pânico. Quando o negócio estourou, que todo mundo viu que eu estava abusando, começaram a me policiar. Eu ficava mordida.”
“Na realidade, eu sempre soube que os juros eram altíssimos, mas como eu não estava muito bem, tive problemas psicológicos, comecei a ignorar certas coisas. Queria ter a felicidade do momento, que era comprar. Fiquei compulsiva, não queria saber preço não”, afirma.
Ainda segundo Denise, a família não precisou se desfazer dos bens, mas a dívida causou outras. Sem os cartões, ela recorreu ao cheque especial e ao crédito consignado. “A gente perde até um pouco da dignidade. Já tinha passado por dificuldades, mas não por minha culpa. Eu me senti muito mal. Dava impressão de que tudo que se passava a culpa era minha. Não durmo. Agora já está melhorando. Faz três meses que eu estou em abstinência de compras. Graças a Deus”, diz. “Não aconselho a ninguém fazer o que eu fiz.”

Erros
“Ela está rolando uma dívida no cartão de crédito, que é a pior coisa que você pode fazer quando está endividada. É a mais cara que tem”, alerta a superintendente de investimentos do Santander, Sinara Polycarpo.
Para Renata Reis, técnica em defesa do consumidor do Procon-SP, “o consumidor não tem a real noção de quanto o débito no cartão de crédito pode alcançar se ele deixar de pagar ou só pagar os valores mínimos”. “Sem dizer que hoje essa oferta maciça dificulta o consumidor se desvincular daquela dívida”, afirma.
Para a executiva, as compras por impulso são comuns entre mulheres mães de família, que muitas vezes assumem as “pequenas despesas” da casa e usam a renda para cobrir necessidades de toda a família.
“A mulher muitas vezes é mais envolvida com a casa e fica exposta a impulsos de compra, como enxoval da casa, presente pro filho, roupas para todos. A renda dela acaba sendo consumida em coisas pra casa e ela negligencia o planejamento financeiro dela”, diz.

E agora?
A saída para a professora, avalia Sinara, é procurar imediatamente o gerente do seu banco e negociar um crédito pessoal, para transformar a dívida descontrolada em parcelas com juros mais baixos que os do cartão.
Supondo que ela pague 15% ao mês atualmente, são R$ 1.350 só de juros todos os meses.
A especialista recomenda que Denise procure um empréstimo pessoal de R$ 9 mil com juros de 6%, “fáceis de encontrar no mercado”, segundo ela. Assim, a ela pagaria parcelas de R$ 615,55, “bem mais palatáveis que os R$ 1.500”, e colocaria fim ao descontrole.
Depois de quitar a dívida, o segundo passo é se desapegar de tantos cartões de crédito e optar por apenas um. “Ela tem que cancelar pelo menos seis”, recomenda Sinara, que diz que o cartão pode ser útil se for utilizado com sabedoria. “Um cartão de crédito é útil, porque você concentra todas as compras as nele e sabe onde foi o dinheiro que você gastou. Desde que você pague a fatura inteira”, diz.
Simultaneamente a essas medidas, é importante que a professora reavalie seus hábitos de consumo. “Ela precisa mesmo de dois carros? Será que não é melhor vender um, ajudar a quitar as dívidas e reduzir despesas?”
Ainda de acordo com a especialista, uma mudança de comportamento financeiro só funciona se for bem conversada e articulada com toda a família. “Tem que conversar com os filhos, com o marido, e ver o que cada um pode fazer para reduzir gastos”, diz.



Mercado aéreo doméstico cresce 19,54% em junho, diz Anac

TAM manteve a liderança no mês com 41,68% do mercado interno.
Juntas, Gol e Webjet somam participação de 42,64% e superam a da TAM.

O grupo TAM (que compreende TAM e Pantanal) manteve a liderança no mercado aéreo doméstico em junho, com 41,68%, informou nesta terça-feira a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Gol/Varig ficou em segundo lugar, com 37,13% de market share contra 35,39% no mês anterior. As participações da Gol e da Webjet juntas, entretanto, representaram 42,64% da demanda, superando o mercado da TAM.
Segundo o relatório da Anac, a Azul teve 8,61% do mercado em junho, a Webjet , 5,51%, a Trip possui 3,24% e a Avianca, 2,94%.
No dia 8 de julho, a Gol anunciou acordo para comprar a Webjet em negócio de R$ 311 milhões. A aquisição está sujeita, entre outras condições, à realização de auditoria nas atividades e ativos da WebJet, e às aprovações das autoridades governamentais. Até a conclusão da venda, as operações das duas empresas seguirão de forma independente, sem previsão de mudanças estruturais ou de gestão.
Em maio, a soma do market share da Gol e da Webjet (40,55%) tinha sido menor do que a participação da TAM (44,43%) no mercado doméstico. No acumulado do semestre, entretanto, Gol e Webjet somam 42,89% (37,47% e 5,42%, respectivamente) do mercado doméstico, contra 42,67% da TAM.

Nas rotas internacionais operadas por empresas brasileiras, a TAM ampliou a liderança no setor e chegou a 90,57% do mercado em junho, segundo o relatório da Anac. A Gol/Varig possui 8,18% e a Avianca 1,25%.
Mercado doméstico cresce 19,54%
O tráfego aéreo de passageiros no Brasil cresceu 19,54% em junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, enquanto a oferta subiu 12,48%, informou a Anac. A taxa de ocupação dos voos no mercado doméstico atingiu 68,10%, contra 64,09% em junho de 2010. Em maio, a ocupação média tinha sido de 67,09%.
Já a demanda nos voos internacionais operados por empresas brasileiras cresceu 7,72% em relação a junho do ano passado. No mesmo período, a oferta de assentos aumentou 4,92%. A taxa de ocupação atingiu a marca de 77,66%.
Alta de 21,39% no semestre
No semestre, a procura por voos no mercado aéreo doméstico cresceu 21,39% em relação ao período de janeiro a junho do ano passado. A oferta aumentou 14,59% e a taxa de ocupação passou de 67,10% para 71,08%. Já nos voos internacionais operados por empresas brasileiras a demanda aumentou 18,95% em relação ao ano passado, enquanto a oferta cresceu 13,14%. A taxa de ocupação passou de 74,29% para 78,11%.


Natura é única brasileira em ranking de empresas inovadoras da Forbes

Empresa de cosméticos ficou na 8ª colocação, um lugar atrás do Google.
1ª colocada foi a americana Salesforce.com, de computação nas nuvens.

A Natura ficou na oitava posição em um ranking da revista americana Forbes com as 100 empresas mais inovadoras do mundo. A empresa de cosméticas é a única representante brasileira da listagem divulgada nesta quarta-feira (20).

O primeiro lugar do ranking ficou com a Salesforce.com, empresa americana de computação nas nuvens, seguida da Amazon.com e da Intuitive Surgical . A Apple ficou em quinto lugar e o Google em sétimo.

De acordo com a revista Forbes, o prêmio de inovação é uma medida de quanto os investidores têm apostado na alta dos preços das ações de uma empresa, acima de seu preço de negócio, com base nas expectativas de futuros resultados inovadores (como novos produtos, serviços e mercados). A Natura ficou com o índice de 44,5.

Os membros da lista precisam ter US$ 10 milhões em capitalização de mercado e gasto ao menos 1% da base de ativos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), além de ter ao menos sete anos de dados públicos, diz a Forbes.


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