terça-feira, 19 de julho de 2011

Prefeitura anuncia Distrito Industrial


FABRICIANO -
Segundo o prefeito Chico Simões (PT), há algum tempo a administração vem conversando com empresários da cidade e com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) do município sobre a possibilidade da construção do empreendimento.
A oportunidade, porém, veio a partir do interesse do empresário Célio Azevedo, dono de uma pedreira, que buscava uma nova área para explorar. O local mais adequado para seus negócios estava em nome da Prefeitura. Ao procurar a Administração, foi feito um acordo em que o Executivo cede o terreno ao empresário que, por sua vez, se encarregará de construir no local toda a estrutura para receber outras empresas.
O termo foi assinado ontem, em uma reunião que contou com familiares de Célio Azevedo, além do secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura, Bruno Torres, e representantes da CDL.

VANTAGENS
Fabriciano já possui um Distrito Industrial, próximo ao bairro Belvedere. O local conta com 40 empresas e gera cerca de 1.200 empregos. Segundo o prefeito, a localização do novo parque industrial será um grande atrativo para empresários que desejarem instalar seus empreendimentos ali, pois conta, por exemplo, com o gasoduto passando bem na porta e a ferrovia ao lado. Os recursos hídricos também serão garantidos por meio do ribeirão Cocais Pequeno, próximo ao local. A proximidade com as outras cidades também é uma vantagem. O Parque fica a oito quilômetros de Ipatinga e o acesso é facilitado.
O projeto de construção está agora em fase de licenciamento ambiental, que deve durar um ano e meio. Após essa data, começa todo o processo de estruturação da área. Uma empresa de Belo Horizonte já foi contratada para realizar um estudo técnico do local a fim de realizar a planta para início das obras. Após esse período, que deverá durar mais um ano, os lotes começarão a ser comercializados para empresas interessadas.

OPORTUNIDADE
A estimativa dos empresários é que o novo Distrito Industrial gere entre quatro a cinco mil novos empregos. Chico Simões informou que essa será uma oportunidade de a cidade recuperar o prejuízo. "Nós temos muitos trabalhadores, mas que produzem riquezas para outras cidades", disse.
O prefeito informou ainda que pretende conceder benefícios como isenção de taxas na venda dos terrenos, como forma de atrair empresários para o novo complexo. "Nós queremos empresas que gerem empregos, mas também receitas", disse o petista. A Administração informou que já existe uma lista de indústrias interessadas em se instalar no Parque. Empresas de asfalto, concreto e pré-moldados estão confirmadas, mas a área, devido à sua localização, será de grande interesse para companhias de logística e transportes, conforme explicou Célio Azevedo.
O Parque Industrial Vale do Aço deverá contar com uma estrutura inovadora, tendo em sua área restaurantes, centro de treinamentos e convivência. Discute-se ainda a construção de um conjunto habitacional no local que irá beneficiar os trabalhadores que não moram nas proximidades.



Professores e pais participam de ato


Os professores convocaram os pais para um ato público: categoria volta a pedir o pagamento do piso salarial

IPATINGA - Professores, pais e alunos promoveram um ato público ontem (18) em frente à Prefeitura de Ipatinga, na Praça dos Três Poderes. O objetivo da mobilização é obter do prefeito Robson Gomes (PPS) uma solução para o impasse na educação, por causa da greve dos professores e do não pagamento do piso salarial do magistério, conforme lei municipal aprovada no ano passado. A categoria pede providências, uma vez que há risco de os alunos da rede municipal de ensino perderem o ano letivo. Os educadores estão em greve há mais de mês.
De acordo com a coordenadora do Departamento de Formação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), Leida Tavares, os pais dos alunos participaram de uma plenária na última sexta-feira e manifestaram preocupação com a situação escolar dos filhos. "Vários pais estão preocupados com o que está acontecendo. Por isso vieram até aqui hoje (ontem) entregar ao prefeito Robson Gomes um documento para que este impasse seja resolvido o mais rápido possível". De acordo com Leida, os pais de alunos pedem uma solução até o final da semana.

REIVINDIÇÕES
Além do ato dos pais, a manifestação também reforçou as reivindicações dos professores desde o início da paralisação - o pagamento do salário de R$ 1.597,00 para profissionais do nível médio. E também a regulamentação da extensão da jornada, que autoriza a dobra no expediente. A matéria virou lei depois que foi aprovada na Câmara Municipal. Apesar de sancionada na Casa Legislativa, com o veto do Executivo, o prefeito declarou que irá tentar derrubar a lei na Justiça. Na pauta de reivindicações, estão ainda a realização de um concurso público até novembro deste ano para completar as vagas em aberto nas escolas da rede, a elaboração de um projeto de lei para conceder aos professores contratados benefícios como férias e o 13º salário e também a formação de uma comissão para estudar os aumentos salariais.

PAIS
Uma das integrantes do Conselho Escolar (formado também por pais) da escola Jaime Moraes Quintão, do bairro Jardim Panorama, Andréia Silva Dias, participou do ato público. Ela conta que tem duas filhas estudando em escolas municipais. "Minhas filhas estão muito mal por não estarem estudando. Estamos todos abalados. Acredito que o prefeito deveria se sensibilizar com o que está acontecendo, não aguentamos mais esta situação", disse.
A dona de casa Lenica Assis, também mãe de aluno, se diz triste com a situação. "Nunca vi isto acontecendo aqui em Ipatinga. É lamentável esta situação. Nós como pais, esperamos que isto seja resolvido em breve", afirma.
A greve dos professores municipais já dura 40 dias e mais de 90% dos profissionais aderiram ao movimento.





PMI mantém 6,47% e decide enviar projeto à Câmara
O prefeito Robson Gomes afirmou que se índice não for aprovado no legislativo, aumento poderá ser “zero”


IPATINGA - Em coletiva de imprensa promovida nesta segunda-feira (18), na Prefeitura Municipal de Ipatinga, o prefeito Robson Gomes (PPS) manteve a proposta de 6,47% de aumento salarial aos servidores. A oferta da PMI já havia sido recusada na última quinta-feira (14), durante plebiscito realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Ipatinga (Sintserpi). Agora a proposta do Executivo será encaminhada à Câmara, para apreciação durante Reunião Ordinária nesta quarta-feira (20).

A oferta da Prefeitura também mantém a forma de pagamento escalonado, sendo 2% em julho, 2% em outubro e 2,47% em dezembro. “A Lei de Responsabilidade Fiscal nos impede de oferecer um reajuste maior. Essa proposta já nos deixa muito próximos ao limite prudencial, que é de 51%”, explicou Robson Gomes. “Se a proposta de 6,47% não for aprovada pela Câmara, o reajuste será zero. A Prefeitura não tem outro mecanismo para oferecer um reajuste maior”, adiantou.

Nas últimas assembléias promovidas pelo Sintserpi, os servidores deixaram claro que só aprovariam uma oferta em que o pagamento fosse retroativo a janeiro. “Isso é impossível. A proposta feita pelo prefeito irá impactar a folha de pagamento da Administração em R$ 4 milhões, e se o valor for retroativo a janeiro esse número sobe para R$ 15 milhões”, explicou Heyder Torre, procurador geral da PMI, enfatizando que o município não tem condições de fazer uma proposta melhor.

TJMG nega agravo do Sind-Ute
Durante a coletiva, o procurador geral da Prefeitura informou que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou, nesta segunda-feira, o agravo do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação, em que o Sind-UTE tentou derrubar a liminar que declara ilegal a greve dos professore municipais, iniciada em 8 de junho.

A decisão tomada pelo desembargador Almeida Melo aponta que a educação é um serviço público essencial, e que a interrupção das aulas por causa da greve vai contra a garantia constitucional do ensino público e coloca em risco a qualidade da educação.

“A greve não vai parar por causa disso. O sindicato vai recorrer em todas as instâncias possíveis. Estamos dispostos em ir até o Supremo Tribunal Federal”, declarou Cida Lima, diretora do Departamento de Comunicação do Sind-UTE/MG.
 
 
 
Empresários se unem para ajudar doméstica


PARAÍSO – Há um ano e meio, dona Antônia Neuda de Souza, de 41 anos, após muito trabalho, comprou um pedaço de terra no Bairro Industrial. Foram nove anos trabalhando em uma lanchonete movimentada de Ipatinga para conseguir o dinheiro necessário para o investimento. Porém, o dinheiro acabou. A casa, sem reboco, não tinha condições de habitação, principalmente para seu filho Mário, de 12 anos, que começou a sofrer problemas alérgicos. Observando a situação difícil que Antônia vivia, um grupo de empresários resolveu ajudá-la a continuar a obra em sua casa.

A dificuldade para chegar ao local onde dona Antônia está construindo é grande. Após estradas de chão, ainda tem cerca de cinqüenta metros de caminhada, em uma escada improvisada em um barranco, para chegar a uma vila, onde moram mais algumas famílias. Segundo Antônia, foram anos de trabalho na noite para conseguir seu sonho. “Este cantinho é o fruto de um sonho. Foram nove anos de trabalho na noite. Com o acerto, eu consegui comprar este meu cantinho. Mas o dinheiro acabou e não deu para terminar. Meu sonho é conseguir terminar, pelo menos rebocar a casa inteira, ter o meu cantinho arrumado do jeito que eu gosto, e poder trazer o meu filho para morar comigo novamente”, disse dona Antônia. Seu filho mora há mais ou menos um ano com o avô, após começar a ter reações alérgicas à poeira da obra.

União e solidariedade
Após a compra da casa, Dona Antônia teve que voltar a trabalhar como doméstica. Antes, ela morava no Bairro Esperança, em Ipatinga. “A distância era muito grande. Não dava pra trabalhar de noite. Então voltei a fazer diárias”. Foi neste contexto que ela voltou a trabalhar na casa de Wesley Rosado, engenheiro mecânico aposentado. O engenheiro então resolveu unir, pedir auxílio a um grupo de empresários do Vale do Aço para continuar a obra na casa de dona Antônia. “A situação dela era complicada. Não tinha como continuar a construção da casa. Faltou dinheiro e não tinha condições de continuar ali. Além do que, por ser um local afastado, era muito perigoso e frio. Então conversei com alguns empresários com os quais eu tenho contato e fomos juntando dinheiro para ajudar a dona Antônia”, explicou Wesley.

Agradecimentos e continuidade
Segundo Wesley, foram arrecadados cerca de R$ 2,4 mil. “Agradeço aos empresários que me ajudaram neste projeto. Ao Luciano e ao Paulo Aurélio, da Provest; ao Paulo e ao Marco Antônio Perim, da Bema; ao João Bosco, do Depósito Gomes; ao Altair Villar; ao Júlio, da Vetor Engenharia; ao Darci, da Dela Consul; aos doutores Lucas e Hugo, da Ortoprev; além de outras pessoas que nos ajudaram”, detalhou o engenheiro. Porém, o dinheiro arrecadado não deu para concluir o projeto. “Ainda falta cerca de R$ 1 mil em investimento. Precisa rebocar as paredes externas e fazer o piso de mais quatro cômodos. Quem se solidarizar com esta causa e tiver o interesse de nos ajudar, pode me procurar pelo telefone (31) 8822-4980”, concluiu Wesley.

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