segunda-feira, 25 de julho de 2011

NOTICIAS LOCAIS


Tentativa de assalto a delegado acaba em tiroteio


IPATINGA – Dois homens tentaram assaltar um delegado na madrugada desta sexta-feira (22), no Bairro Bom Retiro. Quando o policial estava perto do bar Bom Ré Mi Fá, na esquina da Avenida Pero Vaz de Caminha com Rua Cláudio Manoel, os bandidos o abordaram e anunciaram o roubo. Pouco depois teve início um tiroteio, mas ninguém saiu ferido.

À Polícia Militar, o delegado Vinícius Silva Ferreira, de 28 anos, relatou que os assaltantes estavam em uma moto escura, usavam jaquetas de couro e capacetes pretos. Após eles anunciarem o roubo, o policial se escondeu atrás de um carro. O carona da moto então atirou contra o delegado, que revidou com quatro disparos. Ninguém foi atingido. De plantão na 1ª Delegacia Regional de Polícia Civil (1ª DRPC) de Ipatinga, o delegado Alcides Prezotti foi informado sobre o caso e deu início às investigações.



Comunidade comemora demolição na 'Cracolândia'

“Parece até que estou sonhando”. Com esta frase, o líder comunitário e presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública (Consep) do Centro de Ipatinga, Gerson Paulino, resumiu o sentimento de satisfação pela demolição total de um antigo prédio, localizado à rua Nossa Senhora das Graças, esquina com rua Diamantina, no Novo Centro. Por muitos anos, o local foi ocupado por algumas famílias, além de servir de abrigo para moradores de rua, criminosos e usuários de drogas. “Lutamos muitos anos para que esse dia chegasse. Agora, a mobilização é para que seja construída uma unidade de segurança da Polícia Militar no local”, sugere.

Abandonado há anos, o imóvel foi demolido por determinação do prefeito Robson Gomes da Silva (PPS), depois de receber reivindicação de vários moradores. A primeira etapa da derrubada da velha estrutura ocorreu no último dia 24 de junho. Na ocasião, o trabalho foi interrompido por medida de segurança, já que a queda de uma viga, por exemplo, poderia atingir duas moradias ao lado.

Equipes das Secretarias Municipais de Obras Públicas e Serviços Urbanos e Meio Ambiente, assim como ocorreu no primeiro procedimento, concluíram a demolição do prédio por volta das nove horas desta sexta-feira (22). As famílias que foram obrigadas a desocupar a área recebem assistência da equipe técnica da Secretaria Municipal de Assistência Social da Prefeitura de Ipatinga.

Reparar os danos
O processo de demolição do prédio do Novo Centro de Ipatinga foi acompanhado por funcionários da Defesa Civil de Ipatinga, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar. A Prefeitura de Ipatinga se comprometeu a reparar danos que possam ocorrer nos imóveis. “Além do problema social, esse prédio representava o fim de uma era em que muitos moradores de Ipatinga preferem esquecer. A obrigação do governo é atender aos pedidos da comunidade para melhorar as condições de vida de todos. É bom lembrar que nenhum morador será prejudicado caso seu imóvel seja danificado em virtude desta demolição”, destacou o prefeito Robson Gomes.

A demolição do prédio, conforme Robson Gomes, faz parte de um amplo projeto de revitalização da região central do município implantado no governo Robson. “As negociações pela demolição do prédio começaram há dois anos. As estatísticas mostram que a administração municipal está no caminho certo quando implantou o projeto Olho Vivo. Hoje podemos garantir aos moradores e comerciantes da região central uma redução em 64% no registro de crimes violentos no Centro”, afirmou o prefeito de Ipatinga.





De olho na internet das crianças

As principais dicas e ferramentas para garantir aos jovens uma navegação segura
Flávia Yúri e Laura Lopes

SEM LIMITE
Rafael e sua mãe, Marcia Taborda, na sala de casa. Ela confiscou o iPhone e o notebook porque ele exagerou no tempo de acesso
Rafael, de 14 anos, do Rio de Janeiro, usava todo o tempo livre para navegar na internet. Ora no notebook, trancado no quarto, ora no iPhone, que ganhou no fim do ano passado. O pai, Celso Oliveira, desconfiou que o excesso prejudicaria seu rendimento escolar. E quis tirar os equipamentos do garoto. A mãe, Marcia Taborda, pedagoga especializada em tecnologia, preferiu dar liberdade ao filho. “Optei por deixá-lo livre para que tomasse consciência da administração do seu próprio tempo.” Mas ele estava avisado de que um boletim escolar manchado de vermelho poderia afastá-lo da internet. No fim do primeiro trimestre, as notas vieram abaixo do esperado. Resultado: Rafael perdeu o notebook e o celular. “No começo foi torturante, mas ele teve de aceitar a punição”, diz Marcia.
O garoto faz parte de um grupo que está cada vez mais conectado e que, em alguns casos, exagera no uso da internet. Segundo uma pesquisa feita no ano passado em 14 países pela empresa de segurança digital Symantec, as crianças brasileiras são as que passam mais tempo on-line. Ficam 18 horas semanais. Globalmente, essa média é de 11,4 horas. Entre os entrevistados brasileiros, oito em cada dez afirmam que a quantidade é exagerada.
Para complicar, os pais não dominam o mundo virtual por onde as crianças e os adolescentes circulam. De acordo com uma pesquisa recente do canal de TV infantil Nickelodeon sobre os hábitos das crianças na internet, entre os 6 e os 10 anos, elas procuram basicamente diversão, como jogos on-line. Entre 11 e 14 anos, o pré-adolescente navega para se informar e interagir nas redes sociais, como Orkut, Facebook, Twitter e Google+. É nessa faixa etária que o controle por parte dos pais é menor. Com essa idade dominam a tecnologia e têm muitas opções de acesso fora de casa. A internet pode ser usada na escola, na casa de amigos, em tablets e celulares. Isso torna mais difícil tentar controlar o uso, como se fosse um taxímetro.
A inexistência de regras dentro de casa pode levar a problemas que vão desde o acesso a conteúdos ilegais e a comunidades que incitam a violência até o uso de drogas e vício em jogos. Segundo a psicóloga infantil Andreia Calçada, uma das principais queixas dos pais é a dificuldade em impor limites. Como consequência do uso excessivo da web, os filhos não fazem o dever de casa e tiram notas baixas na escola, como ocorreu com Rafael. Também podem perder horas de sono e ficar cansados durante o dia. Além disso, o mundo virtual rouba espaço da vida real. “Alguém que só encontra diversão na internet – e não sente prazer em atividades fora do computador – terá menos repertório para lidar com os desafios sociais”, afirma Andrea Jotta, psicóloga do Núcleo de Pesquisas da Psicologia em Informática da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Proibir o acesso à web, no entanto, não é a solução. Em primeiro lugar, porque a internet é uma fonte rica de pesquisa e experiências quando bem empregada. “A internet é como a faca: pode ser boa ou ruim. Depende de como você a usa”, diz Anna Flora Werneck, da Childhood, ONG internacional de proteção à infância. O caminho é educar e impor limites. Primeiro, é importante conversar com os jovens sobre como se portar no ciberespaço. Além disso, os pais precisam explorar um pouco o mundo virtual. A orientação é que eles naveguem com os filhos, entendam a rede e tenham noção das infinitas possibilidades de comunicação que ela propicia. “Alguns pais só usam o e-mail”, afirma Anna Flora Werneck, da Childhood. “Isso é um erro. Eles precisam conhecer os sites que as crianças usam.” Até porque o que os pais sabem sobre a vida, fruto de sua experiência, como noções de ética e segurança, continua se aplicando ao ambiente virtual. Os riscos que se apresentam na web são os mesmos do mundo real. Portanto, é importante reforçar que os cuidados que se deve ter na rede são os mesmos que se tem no ambiente presencial. Não se fala com estranhos na rua, não se deve trocar mensagens com desconhecidos em chats.
A tecnologia pode ajudar a colocar limites no tempo e no tipo de site que as crianças acessam. Há programas que possibilitam bloquear endereços da internet, limitar o tempo de uso e acompanhar o histórico de navegação dos filhos. São os sistemas chamados de controle parental. A maior parte dos pacotes de antivírus traz ferramentas como essas. E os principais programas usados hoje em computadores, como os sistemas da Microsoft ou da Apple, também têm esse recurso (leia no quadro abaixo). Essas ferramentas são especialmente úteis quando as crianças usam computadores sem a presença de adultos. Mas não se engane. Não há tecnologia que substitua a educação. Quem põe limite são os pais, e não a máquina.

A educação é a melhor ferramenta
Dez dicas de especialistas para ajudar os jovens a cair na rede de forma segura
Mundo real = virtual

É preciso deixar claro para a criança que as regras da vida valem para a internet. Não se pode falar com estranhos na internet, assim como não podemos fazer isso na rua. Não se deve xingar e ofender os amigos na escola nem em chats ou em redes sociais

Informação
Os pais devem falar com a criança sobre o que ela faz na web todo dia. Deve ser um hábito. É bom perguntar sobre sites que ela gosta de frequentar, quem são seus amigos em redes sociais e nas mensagens instantâneas

Sem alarde
Quando algo incomum acontecer, os pais devem ouvir o que a criança quer contar com atenção e aproveitar para conversar, sem amedrontá-la e sem tom de acusação. Caso contrário, ela pode passar a esconder possíveis novos episódios

Tem de participar
Não se pode controlar o que não se conhece. Mesmo para os pais mais avessos à tecnologia, é indispensável entender como funcionam as redes sociais, os grupos de discussão e os jogos on-line

Limite é essencial
Para crianças que exageram no tempo de navegação, convém estabelecer horários para o tempo de acesso. O computador deve ser uma das várias atividades da criança, e não o centro da vida dela

Computador na sala
É consenso entre os especialistas que computadores que ficam em áreas comuns da casa, como o escritório ou a sala, inibem a incursão dos jovens em sites impróprios

Navegação conjunta
A internet não é uma ferramenta que ocupa as crianças e libera os adultos. Até a fase da pré-adolescência, as pesquisas na web devem ser feitas com o acompanhamento do adulto

Dados proibidos
Informações como números de documentos, o endereço da casa, da escola ou o local de trabalho dos pais não devem ser divulgados para estranhos, em redes sociais ou em chats, mesmo que os participantes desses grupos sejam conhecidos

Tecnologia não é tudo
As ferramentas de controle de navegação devem ser usadas como complemento para o acesso seguro. Nada substitui a educação. O computador da casa é somente um dos pontos de acesso à web que a criança tem em sua vida

Madrugadas off-line
Dados da Safernet, ONG que reúne denúncias sobre crimes na internet, mostram que durante a madrugada o número de ocorrências aumenta. É importante evitar que adolescentes fiquem em chats e fóruns nesse período



CARROS


Comparativo: Chery QQ x Fiat Mille

Chinês e o antigo Uno, na versão duas portas, são os mais baratos do país.
QQ se destaca por itens de série, mas Mille tem melhor desempenho.

Marcelo Monegato

Ao desembarcar por aqui em maio passado, o Chery QQ mexeu com a concorrência, assumindo o posto de automovel mais barato do brasil. Dois meses e um reajuste de R$ 1.000 depois, o chinês com cara de desenho animado foi ‘destronado’ pelo experiente Fiat Mille, que retomou a posição de mais em conta do país. Enquanto Chery e Fiat travam batalha de preços,  mostramos aqui como fica a briga no quesito desempenho, entre outros. Os dois veículos foram avaliados no perímetro urbano e em rodovias de São Paulo.
 
Quatro e duas portas

Produzido do outro lado do mundo, o QQ – que em chinês significa ‘fofinho’ – parte de R$ 23.990, enquanto o Mille Economy,  fabricado em Betim (MG), é R$ 500 mais em conta, na versão duas portas. No entanto, como o objetivo era confrontar versões mais próximas possíveis, já que o QQ só existe com quatro portas, a opção do Fiat levada em conta neste embate é também a quatro portas. Ela custa R$ 25.350 –R$ 1.360 a mais que o Chery.  De qualquer forma, as versões de entrada do Mille Economy,  seja com duas ou quatro portas, apresentam o mesmo nível de equipamentos, mesmo motor e dimensões.
O trunfo do QQ não é só o preço competitivo, mas também o que ele entrega como itens de série por este valor. O chinês traz de fábrica airbag duplo, freios com ABS (antitravamento), direção hidráulica, ar-condicionado, travas, vidros (das quatro portas) e espelhos elétricos, faróis de neblina, rádio CD player com MP3 e conexão USB, desembaçador e limpador do vidro traseiro, abertura interna do porta-malas e do tanque de combustível. As rodas de 13 polegadas são de aço.
O Mille, por sua vez, não entrega de série nenhum dos itens acima citados – airbag duplo, freios com ABS, faróis de neblina, espelhos elétricos sequer são opcionais e abertura interna de tanque de combustível e do porta-malas. Para equipar o Fiat com uma lista próxima à do QQ, o comprador terá que desembolsar R$ 2.075 pelo ar-condicionado e R$ 3.735 pelos demais itens (kit Top 2), elevando o preço do veículo para R$ 31.160.

Desempenho

Quando os motores são ligados, o Fiat começa a recuperar o espaço perdido no quesito custo-benefício. Com motor 1.0 8V flex, o Mille entrega 66 cavalos a 6.000 rpm e 9,2 mkgf de torque já a partir de 2.500 rpm (quando abastaecido com álcool), o que lhe garante boa agilidade no perímetro urbano. Acelerações e retomadas são satisfatórias para seus 830 kg.
No entanto, para melhorar a dirigibilidade do veterano, a transmissão manual de cinco velocidades poderia ter engates mais precisos e curtos, a direção deveria ter menos folga e a suspensão precisa ser um pouco mais firme, inibindo um pouco a inclinação da carroceria nas curvas mais acentuadas.
O QQ traz sob o capô um motor 1.1 16V, que funciona apenas com gasolina, mas os índices de performance são parecidos: 68 cv a 6.000 rpm e torque de 9,1 mkgf entre 3.500 e 4.500 rpm – números que agradam para 890 kg.
O câmbio manual de cinco velocidade tem engates longos e barulhentos, gerando forte impressão de fragilidade. Já a suspensão é ‘molenga’ demais – uma característica dos carros com DNA chinês. Ao passar por buracos ou abusar em algumas lombadas, é possível sentir a traseira ‘pulando’ - causando desconforto. Nas curvas, a inclinação da carroceria é acentuada, transmitindo sensação de insegurança.

Acabamento

Internamente, o acabamento dos dois veículos deixa muito a desejar. Entrar no Mille, por exemplo, chega a ser nostálgico. O modelo ainda conta com elementos do Uno das décadas de 1980 e 1990. São muitas peças plásticas, algumas com rebarbas e encaixes pouco precisos. Em alguns pontos é possível ouvir o bate-bate das peças Os porta-objetos das portas são muito apertados.
O painel de instrumentos, que apesar de trazer o Econômetro (medidor analógico que indica se a condução está consumindo muito ou pouco combustível), não tem conta-giros e computador de bordo. A falta de ajuste de altura e profundidade da coluna de direção também incomoda, por impedir que o motorista encontre a melhor posição ao volante. O banco do condutor também não tem regulagem de altura.
O Chery enfrenta os mesmo problemas que o Fiat, apesar de ser um pouco mais ‘moderninho’ por dentro. Há excesso de peças plásticas na cor branca – com o que o brasileiro ainda está começando a se acostumar – e elas apresentam folgas acentuadas. Isso provoca barulhos incômodos dentro da cabine. Também não há regulagens da coluna de direção e do banco do motorista, apesar da posição de dirigir ser elevada.
A tecnologia se faz presente no painel de instrumentos, com leitores digitais –conta-giros, velocímetro e medidor de combustível. Mas a falta de precisão assusta. Ao dar a partida, o velocímetro salta, mesmo com o carro parado, para 4 km/h. Na estrada, é impossível cravar uma única velocidade. Tentando rodar a 100 km/h, o velocímetro oscila entre 98 km/h e 102 km/h. Sendo assim, o leitor de consumo instantâneo – também digital – também causa desconfiança quanto a sua precisão.

Ponto negativo para alguns comandos. Para ligar a lanterna, por exemplo, é um botão que em outros veículos serviria para regular a altura do facho de luz.

Espaço

Neste ponto, o Mille é ligeiramente superior. Apesar dos 14 cm a mais de comprimento, o Fiat é apenas 2 cm maior na distância entre os eixos e 4 cm mais baixo que o Chery. No entanto, por ser mais largo, o modelo mineiro levar com ‘menos desconforto’ três pessoas no banco de trás. No QQ, isso é praticamente impossível. O Mille também leva vantagem no porta-malas: são 290 litros contra 190 l do carro chinês.

Design

Olhando de fora, os dois veículos são completamente diferentes. Enquanto o Chery apresenta contornos arredondados e, até certo ponto, atuais, o Mille é ‘quadradão’, sisudo e pouco evoluiu desde sua chegada ao Brasil na década de 1980. No entanto, há quem prefira a sobriedade do Fiat à simpatia do QQ. É uma questão de gosto.
 
Conclusão

O QQ leva a melhor no preço e no nível de equipamentos, mas nos quesitos desempenho e espaço acaba patinando diante da experiência do Mille. O Fiat também é superior em um fator subjetivo, mas que pesa na hora de fechar uma compra: a ‘confiança’. Por mais que a Chery tenha anunciado o início da construção de uma fábrica no Brasil, as chinesas – não apenas a fabricante do QQ – ainda causam leve receio no mercado. Sendo assim, apesar de inferior no custo-benefício, o Mille ainda parece uma compra mais segura. O tempo poderá desmentir isso.

Vasco tem dois pênaltis, aproveita
um e vence o Galo fora de casa: 2 a 1

Ex-atleticano Diego Souza marca duas vezes e decide o jogo. Alecsandro ainda desperdiça penalidade máxima. Magno Alves desconta para mineiros

Por Marco Antônio Astoni Ipatinga, MG

De tanto pressionar, o Vasco conseguiu uma boa vitória sobre o Atlético-MG, na tarde deste domingo, no Ipatingão, pela 11ª rodada do Brasileirão. O time se aproveitou da desorganização e do desespero adversário para vencer por 2 a 1, gols de Diego Souza, o segundo aos 46 minutos da etapa final, em pênalti duvidoso. A reclamação dos atleticanos é de que Leonardo Silva teria derrubado Bernardo fora da área. Além dos gols, o cruz-maltino acertou a trave em duas oportunidades: em uma delas, a bola pareceu não entrar por milímetros. E Alecsandro ainda perdeu outro pênalti, quando a partida estava 1 a 1. Magno Alves descontou para o Galo em um passe genial de Daniel Carvalho, mas foi só.
Com o resultado, o time de São Januário chegou ao G-4 na quarta posição, com 20 pontos. Já o Galo permanece com 11, na 15ª posição, apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento. Para a próxima rodada, os mineiros permanecem em Ipatinga, onde recebem o Fluminense, quarta-feira, às 19h30m (de Brasília). Já o Vasco joga em casa, quinta-feira, às 19h30m, contra o Bahia, em São Januário.

Tempo de empate
Os primeiros minutos da partida foram mais de transpiração do que de inspiração. O jogo, concentrado entre as duas intermediárias, era truncado e com poucas chances reais de gol. Os lances mais perigosos surgiram em chutes de média distância, com Caio, pelo Atlético, e Diego Souza, pelo Vasco, ou em lances de bola parada.
E foi justamente o ex-jogador atleticano quem abriu o placar no Ipatingão. Diego Souza recebeu cruzamento de Julinho e, de cabeça, empurrou para as redes de Giovanni.
Com a vantagem no placar, o Vasco se fechou no campo de defesa, o que acabou chamando o Galo para o ataque, enquanto os cariocas passaram a viver de contragolpes. Os avanços dos dois laterais atleticanos eram úteis para o time na frente, mas abriam espaços na defesa mineira.
O Atlético chegou ao empate numa bela trama. Magno Alves marcou, aproveitando lindo passe de Daniel Carvalho.
Nos minutos finais do primeiro tempo, o Galo continuou pressionando, tentando sair para o intervalo com vantagem no placar, mas parou nas defesas de Fernando Prass e nos próprios erros de finalização.
 
No segundo tempo, os times seguiram com dificuldades na criação. O Atlético buscava o ataque com o apoio de Neto Berola e Mancini, que entraram nos lugares de Daniel Carvalho e Jonatas Obina. Já o Vasco fazia do jogo aéreo sua principal arma. Cada bola levantada sobre a área do Galo era sinônimo de perigo. Numa delas, após cabeçada de Rômulo, a bola bateu na trave e quicou a milímetros da linha. O árbitro mandou o jogo seguir. Minutos depois, após cobrança de escanteio, Alecasandro voltou a carimbar a baliza.
A pressão era tamanha que, aos 21 minutos, o Vasco teve a chance de ficar à frente no placar novamente. O juiz entendeu que Réver cortou uma bola com a mão dentro da área e marcou pênalti. O goleiro Giovanni, com os pés, defendeu a cobrança de Alecsandro. Com a bola no campo de ataque, o arqueiro aproveitou para fazer a dança do "João Sorrisão", já que agora os goleiros que defendem pênaltis podem ganhar o boneco do Esporte Espetacular.
Depois da metade do segundo tempo, o jogo ganhou muito em emoção, com as equipes mais abertas, buscando o gol incessantemente. Diego Souza e Eder Luis comandavam as ações ofensivas vascaínas, enquanto Renan Oliveira e Magno Alves organizavam as jogadas atleticanas.
E num rápido contragolpe do Vasco puxado por Bernardo, já nos acréscimos, Leonardo Silva deu um carrinho, tocou o adversário um pouco fora da área, mas o árbitro assinalou nova penalidade. Desta vez, Diego Souza pegou a bola e mandou no ângulo de Giovanni, que ficou estático. Vitória merecida do Vasco, que apesar de já estar classificado para a Libertadores de 2012, por ter conquistado o título

da Copa do Brasil, ocupa uma vaga no G-4.
Ferrolho de Joel funciona, e Cruzeiro vence líder Corinthians no Pacaembu

Raposa se entrega na marcação acaba com série invicta do Timão na casa do adversário. Golaço de Wallyson ou falha do estreante goleiro Renan?

  
Sensação nas primeiras rodadas, o Corinthians sofreu a primeira derrota no Campeonato Brasileiro. Coube a Joel Santana encontrar a fórmula mágica para bater o líder e grande favorito ao título nacional. Com uma estratégia diferente, transformando volantes em laterais e meias em marcadores, o Cruzeiro anulou o Timão com muita marcação e venceu por 1 a 0, neste domingo, no Pacaembu. Wallyson pegou o estreante goleiro Renan adiantado com um lindo chute da intermediária para fazer o único gol da partida.
Apesar do revés em casa - primeiro em edições do Brasileiro desde o dia 13 de outubro de 2010 (19 jogos) - e do fim da sequência de sete vitórias consecutivas, o Corinthians continua em ótima situação no torneio. Como os principais adversários tropeçaram na rodada do fim de semana, a vantagem ainda é de seis pontos para o segundo colocado. O Timão volta a jogar somente no próximo domingo, contra o Avaí, às 16h, na Ressacada, em Florianópolis.
Já o Cruzeiro mostra que pode brigar pelos primeiros lugares. Desde que Joel Santana assumiu o time, são cinco vitórias e apenas uma derrota. A reação eleva a equipe de Belo Horizonte para a casa dos 18 pontos, se aproximando do grupo que vai disputar a Taça Libertadores de 2014. Na quarta-feira, visita o Atlético-GO, às 19h30m, no Serra Dourada, em Goiânia.
 
Depois de dez fracassadas tentativas de outros treinadores, Joel Santana ousou na missão de parar o Corinthians. Para diminuir ao máximo o espaço do líder, o técnico optou pela marcação individual, mas de forma diferente. Os volantes Fabrício e Éverton foram abertos pelas laterais para frearem Jorge Henrique e Willian e ajudar Vitor e GIlberto. No meio, Marquinhos Paraná colou em Danilo. Até Roger e Montillo tiveram de marcar, grudando em Paulinho e Ralf.
O cenário idealizado por Joel poderia ter ficado ainda melhor se Vitor, aos dois minutos, tivesse finalizado com precisão depois de fintar Ramon na área. A estratégia surtiu efeito defensivo, mas prejudicou qualquer intenção ofensiva. Montillo mostrou muita qualidade na armação, porém, não teve a ajuda do ataque. Wallyson, único na frente, esbarrou no ótimo momento da defesa alvinegra.
Sem a velocidade de seus baixinhos pelos lados, o Corinthians sofreu para levar perigo ao gol de Fábio. Substituto de Liedson, Emerson teve dificuldades como centroavante e, quando saiu da área, pouco produziu. As melhores chances vieram na chegada de Ralf ao ataque. Na primeira, aos sete, ele pegou rebote na área e chutou rente à trave esquerda. No lance seguinte, depois de tabelar com Danilo, deu passe de calcanhar para Sheik finalizar para fora.
Raposa triunfa, e ainda perde Gilberto
Tite optou por não fazer mudanças de jogadores ou táticas no início do segundo tempo, mas buscou outra forma para tentar surpreender a forte marcação. Sem espaço, o Timão passou a arriscar em chutes de longa distância. Aos três e aos quatro minutos, Paulinho e Willian soltaram o pé e levaram perigo a Fábio.
Muito atrás, o Cruzeiro apostou em lances isolados para responder. E foi em um deles que o gol saiu, aos dez. Wallyson ganhou dividida na intermediária e disparou a bomba certeira. Renan, adiantado, ainda tentou pular, mas já era tarde para impedir que o adversário ficasse em vantagem no placar. Os mineiros poderiam ter aumentado, aos 14, se o árbitro Leandro Pedro Vuaden tivesse marcado pênalti depois que Ramon desviou com o braço um cruzamento feito por Vitor.
O placar contrário fez Tite arriscar tudo. Alex entrou no lugar de Ramon e Edenílson foi a campo na vaga de Jorge Henrique, que passou toda a semana com dores na coxa direita. As trocas, porém, não surtiram o efeito esperado. A postura defensiva da Raposa seguiu inabalada. No ataque, Montillo continuou infernizando, ganhando a ajuda da velocidade de Ortigoza.
O Corinthians teve um alento aos 30 minutos, depois que Gilberto foi expulso por acumular dois cartões amarelos. Mesmo assim, os problemas para superar a defesa rival permaneceram, principalmente pela falta de opções de ataque no banco. O Timão tinha apenas o garoto Elias Oliveira, de 19 anos, como alternativa. Ralf, outra vez, foi quem mais se aproximou de empatar. Aos 38, com um chute forte da entrada da área, parou em grande defesa de Fábio. O goleiro ainda foi ameaçado até os minutos finais, mas a defesa cruzeirense segurou a onda. Era o dia da Raposa.

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